sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quem é ela?

Ana Gabriela Benelli pegou o papel da personagem, digamos assim, mais misteriosa do Viral. Personagem esta que foi adaptada para o modelo sombrio e alucinante interpretado por Ana.


 Ana Gabriela Benelli, 18 anos, Design Visual 
Confira o depoimento da atriz sobre a participação dela no projeto:


O que você acha de atuar no webseriado Viral, levando em conta a vanguarda do projeto e a interação entre uma grande diversidade de cursos?

Quando fui convidada para participar do Viral como atriz, tudo ainda estava apenas no papel. Como sempre gostei de atuar achei legal o convite e aceitei, sem ter noção das proporções do projeto. Com o tempo, vi que era algo realmente sério, não apenas uma experiência amadora entre estudantes. Acompanhei algumas reuniões e cada aspecto, desde a divulgação até leis estavam sendo minunciosamente estudadas. Havia estudos de maquiagem, uma banda que faria a trilha sonora, pessoas responsáveis por cada “departamento” do Viral. Quanto à integração dos cursos, creio ser a melhor parte de todo o projeto. Jornalistas, produtores audiovisuais, estudantes de publicidade, designers... O legal é você ver cada área atuando em conjunto com as demais, elas se completam.

Por que você decidiu encarar um projeto em que você teria que atuar?

Sempre gostei de atuar. Desde pequena me envolvi com peças de teatro, encenações, vídeos caseiros e até interpreto no dia-a-dia - conhecida como bipolaridade (risos). Na Unochapecó, participei do projeto Audiovisual 903 (filme de Sabrina Zimmermann em fase de pós-produção), no qual interpretei Ana (por coincidência), a protagonista. Lá, já foi uma preparação. Claro, Natasha e Ana são totalmente diferentes, mas as duas me deram o mesmo desafio: me deixar de lado e vivenciá-las. A Natasha foi um presentão. Desde o inicio foi divertido interagir com ela. É a minha heroína.

Em termos de atuação, o que você acha que o Viral agregou no desenvolvimento da tua técnica?

O legal a cada projeto é você ter a possibilidade de encarnar personagens com a personalidade totalmente diferente da sua. Cada projeto é uma surpresa, porque é difícil você imaginar o que a personagem faria em tal situação, você só tem em mente a descrição de como ela é. Dar vida é desafiador. Você tem que convencer a pessoa, fazer com que ela acredite que a personagem é real e para os que te conhecem, desligar o que você é e o que está representando. A Natasha consiste em expressões e ações. Ela não é de falar muito, é mais de agir. Ela diz muitas coisas somente com o olhar e você tem que fazer com que as pessoas vejam isso. O fato de estar sempre séria ou apenas agindo com indiferença em cenas engraçadas foi um desafio para mim. O seriado aproximou os atores, sendo que alguns eu não conhecia. Posso dizer que viramos uma família: ensaiamos juntos, rimos e interpretamos e até, às vezes, manter a seriedade era complicado (risos). Tenho um carinho especial por cada um.

Como você se relaciona com o personagem que você interpreta? Ele é parecido contigo, como?

Eu sempre digo “ela é meu orgulho, eu a amo demais”. Quando recebi a descrição da personagem e a sua função dentro do Viral fiquei muito empolgada! Ela é a heroína e a vilã ao mesmo tempo, é um enigma para quem vê, não tem uma classificação. Ela é cheia de marra, é desafiadora, corajosa e objetiva com o que quer. O figurino era desconfortável para as cenas de ação, mas valeu a pena ao ver no vídeo. Ela passa um aspecto regrado, militar. Não há feminilidade nela, apenas praticidade. Poderia comparar ela a uma motoqueira marrenta com a jaqueta de couro, coturnos, calça preta e cabelo preso em uma trança forte. Bem ao contrário da Sara Albuquerque, em que a maquiagem era delicada e as roupas e acessórios são mais “meigos”, dando a típica impressão de fragilidade feminina. Natasha não recebe ordens, e se aceita sugestões é sempre para o seu interesse. Ela tenta ajudar como pode, desde que isso não atrapalhe na sua busca implacável pela (conteúdo censurado pela produção). A relação entre mim e ela... hmm... temos personalidades parecidas. Assim como ela sou objetiva e determinada no que quero. Alguns me classificam de fria, embora eu discorde, e essa é uma característica marcante na Natasha. Não teria coragem de encarar uma horda de zumbis e atirar em suas cabeças (risos), e cara... as melhores cenas são as que ela mata alguém, são muito divertidas! Meu lado psicopata falando aí (risos). A cena em que atiro na Ana Panizzi (Acadêmica de Design Visual, a última zumbi do quarto episódio) é inesquecível... Já disseram que a personagem caiu como uma luva. Certa vez, o diretor Julherme Pires foi de ator em ator dizendo o que cada um deveria demonstrar na cena ou como deveriam ser: “você tem que estar com a expressão desolada”, “você com medo”, “pense no que você faria se esses ataques zumbis estivessem mesmo acontecendo”... “A Sara é curiosa, o Vitor é mais calmo”... E quando chegou a minha vez para dizer o que eu deveria ser ou fazer, o Julherme simplesmente disse: Ana... Seja você mesma (muitos risos)!

Nenhum comentário:

Postar um comentário